48 horas em Veneza

 

Tão intensa quanto fugaz; tão bela quanto dramática. Uma visita a Veneza em 48 horas assemelha-se às inquietações de uma paixão assolapada. E que melhor dedicatória se poderia fazer ao símbolo do romantismo? Venha daí, pronto para saborear todos os momentos de uma das cidades mais amadas do Mundo com esta viagem.

Imagine uma cidade em que as sombras dos carros desaparecem, a velocidade das motas se eclipsa, os autocarros deixam de ser os mandões lá do sítio. Imagine uma cidade em que todos eles foram substituídos por barcos e sons de salto alto (ou de serenas passadas, para quem não aprecia o primeiro estilo).

Em Veneza, o Grande Canal abrilhanta as ruelas, ornamenta os palácios das famílias que povoam um lugar sem pressa. Poderíamos estar na Ponte de Rialto a pintar este quadro, conhecido pelos gondoleiros como a mão da mão. Mas já se faz tarde e a fome aperta o estômago de quem pertence a uma cozinha de grande panóplia – a portuguesa. Assim, descemos a ponte, dirigindo-nos ao Mercati di Rialto, aquele em que se encontra o perfume de Veneza. O perfume, as cores, as texturas e as vozes. É neste mercado que os vendedores regateiam com os habitantes e os curiosos turistas.

A digestão pode ser feita à beira da igreja Sant Maria della Saluta, um dos mais imponentes marcos arquitetónicos da cidade: é suportada por cerca de um milhão de pilares de madeira. De estilo barroco, esta edificação tem um simbolismo muito especial para a população por causa da peste, que assolou os sítios em 1630 e quase dizimou Veneza. Antes de recolhermos ao quarto, passamos por Dorsoduro, o bairro cultural e artístico que melhor resistiu à transfiguração.

Guardamos a Pizza San Marco para o segundo dia – como quem guarda a sobremesa para o final. Se tivesse de escolher entre pizza ou gelado, qual escolheria?

 A praça mais conhecida deste ponto de Itália sempre foi o centro político, social e religioso da república local. Esforce-se para se alhear da multidão, agora parte da mobília, porque vale a pena contemplar cada detalhe. O mesmo pedimos quando chegar à Basilica di San Marco, a estrela da praça, famosa por combinar os estilos arquitéctónicos do Ocidente e do Oriente. Entramos e deslumbramo-nos com o luxo dos inúmeros painéis em mosaico, arrebatadores por natureza.

Dedicamos o tempo que falta para completar as 48 horas ao Palazzo Ducale, antiga residência oficial dos governadores, à Ponte dos Suspiros, anterior prisão, e ao Campanile di San Marco, dono da melhor vista panorâmica veneziana. Nada será mais metafórico do que terminar o roteiro a olhar para o edifício da Torre dell’orologio, no qual terá de desvendar o puzzle das horas e todas as simbologias alusivas à passagem do tempo.

E pronto… já passou. A cidade, sem pressa, não vai a lado nenhum. Assim, aproveite esta primeira paixão para que, mais tarde, a história se possa vir a transformar num longo amor de horas indefinidas.

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Viajar é uma das melhores experiências que a vida nos dá, mas é importante ter em conta algumas questões antes de partires à aventura. 

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